Projeto Âncora

Fundação Projeto Travessia apresenta

Este site traz registros do Projeto Âncora - Família e Cidadania realizado entre 2016 e 2018, pela Fundação Projeto Travessia que atendeu 72 adolescentes em situação de acolhimento em abrigos em São Paulo. Aqui estão a história de 9 deles e os resultados do projeto.

Conheça o projeto Leia as histórias

Conheça as histórias

Irmãs, manas, parceiras

Após perderem a mãe por negligência médica, Jéssica e Nathalia e seus oito irmãos foram morar em abrigos. Aos poucos, elas (re)constroem a vida e planejam reunir a família novamente

Livre para voar

Com os olhos devidamente delineados com lápis e máscara para cílios, Wesley Jardim enxerga aos 18 anos um futuro em que possa ser quem sempre sonhou

O mundo da minha cadeira

Após o Conselho Tutelar receber uma denúncia de maus tratos de animais e encontrar dezenas de gatos em sua casa, Enrique foi para um abrigo. Hoje, aos 18 anos, ele voltou a morar com a mãe e quer mais liberdade

Os horizontes de Bruna

Bruna * morou na rua por quase toda sua infância. Aprendeu a ler só aos 11 anos e hoje alimenta dois objetivos: fazer a faculdade de Letras e reencontrar a mãe que viu pela última vez na cracolândia

MV na voz, salve!

MV * já foi o rei da boca, empunhou fuzil e viu amigos tombarem no tráfico. Hoje ressignifica o que viveu em letras de rap que falam do seu passado e do presente, mas principalmente abrem os caminhos para seu futuro

Aprendendo a ser mãe

Aos 13 anos, a mãe de Victória perdeu sua guarda e ela foi parar em um abrigo onde engravidou. Às vésperas de completar 18 anos, ela vive a maternidade e quer voltar para casa

A beleza da imaginação

Entre o funk ostentação, seu estilo preferido, e laços de afeto rompidos, José Guilherme reinventa sua própria realidade

Dias de independência

Depois da mãe perder sua guarda pelo uso de drogas, Willians passou nove anos em abrigos porque seu avô não foi informado que podia adotá-lo. Hoje aos 18, trabalha, mora com um primo e quer voltar a estudar para se tornar engenheiro

Clóvis Tadeu Dias

O Projeto Âncora - Família e Cidadania ofereceu, ao longo de dois anos, suporte no processo de desacolhimento institucional de 72 adolescentes que viveram por longos períodos em abrigos ou estão à beira de sua saída num dos momentos mais difíceis da vida: a chegada da maioridade e aos primeiros passos no mundo dos adultos. Muitas vezes violados em seus direitos de acesso às famílias, tolhidos de alternativas ao acolhimento, negligenciados em suas necessidades e subjetividades, aqui estes jovens ofertam à toda a sociedade um vasto horizonte de possibilidades de mudanças e transformações de políticas públicas.

Clóvis Tadeu Dias
Psicólogo e coordenador de projetos Fundação Travessia

Conheça os educadores

Francisco Castro Psicólogo e educador

Vi jovens se aspirando posições muito além daquilo que lhes foi dado como “seu lugar” na sociedade e de uma vida toda ouvindo que deveriam se contentar com pouco.

Andréa Nascimento Educadora

O processo de autonomia nos encaminhamentos de vagas para empresas que aderem ao programa Jovem Aprendiz foi determinante no processo de autonomia dos adolescentes.

Fabiana Magalhães Educadora social

Sem dúvida, a proposta concretizada mais importante do Projeto Âncora foi acompanhar os desacolhimentos por maioridade ou para a família com os vínculos restaurados.

Luara Assis Brasil Almeida Educadora

Ao invés de reforçar a provisoriedade do acolhimento, testemunhei o contrário em Varas da Infância e Juventude e SAICAs com crianças e adolescentes institucionados por vários anos.

Tânia Lima Educadora de referência

Vi adolescentes prestes a fazer o desacolhimento estagnados por tanto ouvir “você é preguiçoso, você não corre atrás”. Se fosse um adolescente de classe média, isso seria chamado de depressão.

Camila Vale Cientista social e educadora

Estive diante de violações de direitos básicos de famílias. Em contrapartida, foi gratificante ver adolescentes por anos institucionalizados passarem a conduzir suas vidas.

Paula Furlan Psicóloga e educadora

Foi impactante ler os processos de acolhimento junto aos Fóruns e notar a repetição das frases, palavras e conjunturas; relatórios que não mostravam movimento na vida dos atendidos.

Olga Tembo S. Diakanua Médica e educadora

Participar do processo de autonomia de um adolescente é gratificante. É o momento em que você é desafiado a incentivar e reconhecer os talentos que nem ele sabia ter.

Milena Leila Administrativo

Há adolescentes que saem de abrigos, não sabem para onde ir e viram moradores de rua. Esse projeto me deixa muito orgulhosa porque é a prova real de que dá para mudar esse cenário.